terça-feira, setembro 6

O Sono na Antiguidade


Conheça as diversas interpretações do sonho no decorrer do tempo.

Século 8 a.C.:
Os gregos, como os babilônios e os egípcios, entendiam os sonhos como poderosas mensagens divinas. Por isso, construíram o templo de Asclépio, em Epidauro, onde os doentes dormiam e esperavam que um sonho lhes indicasse o caminho da cura.

Século 5 A.C.:
O filósofo grego Heráclito sugere que o mundo dos sonhos é individual, não sendo necessariamente resultado de influências externas, nem mesmo divinas.

Século 3 A.C.:
Aristóteles, outro filósofo grego, propõe que os sonhos são reflexo do estado do corpo e, por isso, podem ser utilizados pelos médicos para diagnosticar doenças. Essa teoria é encampada por Hipócrates, pai da Medicina.

Século 1 A.C.:
O romano Artemidoro escreve Oneirocroticon, primeiro livro sobre a interpretação dos sonhos. Nesse trabalho de cinco volumes ele argumenta que as imagens sonhadas são reflexo da profissão do sonhador e de seu status social.

Séculos IV e V:
Pensadores cristãos, como Santo Agostinho (354-430) e São Jerônimo (342-420), retomam o conceito dos sonhos como eventos sobrenaturais e premonitórios. Há passagens na Bíblia que falam dos seus poderes proféticos. José, pai de Jesus, também teria sido avisado em sonho sobre a gravidez de Maria.

Séculos VI e VII:
O profeta Maomé (570-632) dava extremo valor aos sonhos. Recebeu, inclusive, grande parte do Alcorão de um delírio noturno. Também interpretava os sonhos de seus discípulos.

Século XIII:
A Igreja Católica passa a associar os sonhos, especialmente os eróticos, a obras do demônio. O alemão Martinho Lutero (1483-1546), fundador do Protestantismo, era um dos que partilhavam dessa opinião.

Século XVIII:
O filósofo alemão Johann Fichte lança a tese de que os sonhos revelam temores e desejos inconscientes.

Século XIX:
O psiquiatra austríaco Sigmund Freud (1856-1939) retoma a teoria dos desejos contidos, salientando a essência erótica dos sonhos. Objetos longos e pontiagudos representariam o pênis, enquanto os ocos simbolizariam a vagina. Em 1900, publica A Interpretação dos Sonhos.

Século XX:
Carl Gustav Jung (1875-1961) não identifica a origem da maioria dos sonhos em problemas sexuais ocultos. Acreditava que eles revelavam nossos mais profundos desejos, quaisquer que fossem. Também sugeriu a existência do inconsciente coletivo , parte da mente na qual estão depositadas as informações comuns a todos os humanos. Assim, tentava explicar o fato de pessoas de culturas opostas relatarem sonhos com significados praticamente iguais.

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